domingo, 20 de fevereiro de 2011

Post do Leitor: Restaurante Pomodoro Café, outubro de 2010

 [O post abaixo foi enviado por um leitor que quis contribuir com o blog. Se você tem alguma história pra contar de algum restaurante recifense, seja positiva ou negativa, envie um e-mail para sabordorecife@gmail.com]

*Enviado por Lúcio Santos

Não consigo compreender nem os critérios nem o processo de avaliação que a Veja Recife utiliza para a seleção dos supostos melhores restaurantes da cidade [http://vejabrasil.abril.com.br/recife - As Mesas Campeãs].

Considero um jantar um ritual no qual todas as etapas precisam ser executadas com o máximo de atenção aos detalhes e zelo com o menu, a carta de bebidas, o ambiente e o serviço. Por isso, fico abismado com o fato de o Pomodoro Café ser eleito o "Melhor Italiano da Cidade".

Vamos aos pontos:

- Neste dia, não fiz reserva antecipadamente. Aguardamos num banco desconfortável no lado de fora do restaurante por cerca de 20 minutos. Sem problemas. Mas a falta de cortesia da recepcionista e sua deselegância no trato foram bastante convidativas à minha retirada do local. Pondero, inclusive, que a recepcionista do Pomodoro deveria usar uma maquiagem mais adequada ao local e ao momento, e não aquela coisa pesada no rosto.

- Ao sermos conduzidos à nossa mesa, esta ainda estava sendo forrada. Aos poucos os garçons trouxeram os talheres e os pratos (não trouxeram as taças). Por que não nos chamam apenas quando a mesa está de fato pronta, sem que precisemos nos sentir invadidos pela manobra da arrumação?

- Pedimos uma água e, pra minha surpresa, trouxeram-nos 2 copos de requeijão (chamo estes copos simplórios de copos de requeijão). Como pode um restaurante que pretende passar uma imagem de refinamento e sofisticação me trazer copos de requeijão? Educadamente falei que haviam se enganado e nos trazido copos ao invés de taças para água.

- Sobre os dois garçons que nos atenderam: uniformes bagunçados e amarrotados, com um certo ar de desleixo. A forma como falavam conosco demonstrava muita pressa e desorganização no atendimento. Não estamos ali fazendo o favor de sermos atendidos nem lutando pela atenção do garçon.

- Ao pedir a carta de vinhos, sou surpreendido com uma folha de papel A4 impressa, suja e manchada. Essa foi uma das coisas horríveis que já vi em um restaurante. Quem diria no "Melhor Italiano de Recife". 

- Adoro beber. E adoro maximizar uma experiência gastronômica com um vinho que me proporcione uma sensação de que valeu à pena tê-lo escolhido e tê-lo consumido. 

Estaria disposto a perdoar a carta feita em impressora jato de tinta se ali houvesse uma boa variedade de rótulos ou algum vinho que me chamasse a atenção (em geral, não é preciso muito). Mas além de poucos, os rótulos eram bastante simples, fracos. Não me importo em pagar R$200,00 por um vinho se este aparentar ter alguma característica diferenciada ou proporcionar uma experiência agradável. Mas me importo muito em pagar R$70,00 por algum que posso encontrar a R$24,00 no supermercado mais próximo.

Finalmente, o garçom se mostrou bastante desajeitado com o serviço do vinho. De fato, neste momento eu já não esperava mais nada.

- Não entendo qual a dificuldade que estes arquitetos possuem para projetar um ambiente que otimize a redução do barulho. É impossível conversar tranquilamente lá. Ninguém consegue ter um jantar suspostamente romântico em meio a um barulho de feira ambulante.

- Resolvi pular a entrada e ir direto para o prato principal. Ravióli. O prato não demorou, mas a massa estava muito mole, se desmanchando. Preferi nem retornar o pedido e aguardar outro. Só pensava em ir embora dali.

Acredito que este recinto precisa de um gerenciamento mais eficiente. Todas as vezes em que estive lá (2 vezes), tive problemas. 

Pomodoro Café
Rua Capitão Rebelinho, 418, Pina, 3326-6023 (150 lugares, mas deveria ser pra 50).
www.pomodorocafe.com.br

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Restaurante Benedictus, 18/02/2010

Sempre achei que um restaurante não deve oferecer apenas uma estrita experiência gastronômica. O(s) prato(s) embora deliciosos, podem ser arruinados se o ambiente nao estiver a altura em em todos os detalhes.
Feita esta ponderação, tenho alguns comentários a respeito do Restaurante Benedictus, relativamente novo na cidade.

  • Ponto positivo para a possibilidade de utilizar o estacionamento da SMS, ao lado, sem ter de pagar um serviço extorsivo de manobrista e saber que seu carro está em segurança (aparentemente tanto a locadora de vídeo quanto o restaurante pertencem ao(s) mesmo(s) propietário(s));
  • Será que é difícil, quando da abertura da casa, deixar todos os garçons cientes de que prato ou vinho não está saindo por estar em falta? Nada mais irritante do que fazer um pedido e receber a informação, poucos minutos depois, referente à indisponibilidade. Colocar pequenas etiquetas pretas, como tarjas, cobrindo o nome/preço no menu é uma boa idéia No meu caso aconteceu com um vinho e com um dos pratos;
  • Aparentemente os garçons não estão cientes de que na hierarquia de taças a mais alta deve ser destinada para a água e não para o vinho;
  • Não havia talheres específicos (menores) para o couvert. Tive de usar a faca gigantesca da refeição para tal;
  • Não cheguei a bisbilhotar de perto porque havia uma grande divisória de granito separando os ambientes, mas acredito que o salão não é bem isolado da cozinha: além de ouvir barulho de talheres e pratos batendo a todo momento, a certa altura o ambiente ficou completamente incensado pelo cheiro do preparo de algum prato. Bem, acho que todos concordam que o olfato é utilizado na hora de apreciar um bom prato. Não gostei muito de ser obrigado a sentir o cheiro de um prato que definitivamente não era o meu. Uma boa alternativa para separar a cozinha do salão principal é ter duas portas isolando um pequeno ambiente de passagem. Assim você isola o barulho e os eventuais "cheiros" vindos da cozinha;
  • Em relação aos pratos, foi muito bem preparados. Pedi um filé defumado (Filé Benedictus) que era acompanhado por um risoto de queijo brié (salvo engano). Palmas para a consistência do risoto: cremoso e com o arroz al dente. A crítica vai para a quantidade de sal contida no risoto: absurda, quase ao ponto de comprometer o prato. Quem me acompanhava pediu um risoto funghi que estava ainda mais comprometido pela quantidade de sal.
O restaurante tem potencial, mas precisa trabalhar alguns detalhes. Confiram vocês mesmos o restaurante e dêem sua opinião.