*Enviado por Lúcio Santos
Não consigo compreender nem os critérios nem o processo de avaliação que a Veja Recife utiliza para a seleção dos supostos melhores restaurantes da cidade [http://vejabrasil.abril.com.
Considero um jantar um ritual no qual todas as etapas precisam ser executadas com o máximo de atenção aos detalhes e zelo com o menu, a carta de bebidas, o ambiente e o serviço. Por isso, fico abismado com o fato de o Pomodoro Café ser eleito o "Melhor Italiano da Cidade".
Vamos aos pontos:
- Neste dia, não fiz reserva antecipadamente. Aguardamos num banco desconfortável no lado de fora do restaurante por cerca de 20 minutos. Sem problemas. Mas a falta de cortesia da recepcionista e sua deselegância no trato foram bastante convidativas à minha retirada do local. Pondero, inclusive, que a recepcionista do Pomodoro deveria usar uma maquiagem mais adequada ao local e ao momento, e não aquela coisa pesada no rosto.
- Ao sermos conduzidos à nossa mesa, esta ainda estava sendo forrada. Aos poucos os garçons trouxeram os talheres e os pratos (não trouxeram as taças). Por que não nos chamam apenas quando a mesa está de fato pronta, sem que precisemos nos sentir invadidos pela manobra da arrumação?
- Pedimos uma água e, pra minha surpresa, trouxeram-nos 2 copos de requeijão (chamo estes copos simplórios de copos de requeijão). Como pode um restaurante que pretende passar uma imagem de refinamento e sofisticação me trazer copos de requeijão? Educadamente falei que haviam se enganado e nos trazido copos ao invés de taças para água.
- Sobre os dois garçons que nos atenderam: uniformes bagunçados e amarrotados, com um certo ar de desleixo. A forma como falavam conosco demonstrava muita pressa e desorganização no atendimento. Não estamos ali fazendo o favor de sermos atendidos nem lutando pela atenção do garçon.
- Ao pedir a carta de vinhos, sou surpreendido com uma folha de papel A4 impressa, suja e manchada. Essa foi uma das coisas horríveis que já vi em um restaurante. Quem diria no "Melhor Italiano de Recife".
- Adoro beber. E adoro maximizar uma experiência gastronômica com um vinho que me proporcione uma sensação de que valeu à pena tê-lo escolhido e tê-lo consumido.
Estaria disposto a perdoar a carta feita em impressora jato de tinta se ali houvesse uma boa variedade de rótulos ou algum vinho que me chamasse a atenção (em geral, não é preciso muito). Mas além de poucos, os rótulos eram bastante simples, fracos. Não me importo em pagar R$200,00 por um vinho se este aparentar ter alguma característica diferenciada ou proporcionar uma experiência agradável. Mas me importo muito em pagar R$70,00 por algum que posso encontrar a R$24,00 no supermercado mais próximo.
Finalmente, o garçom se mostrou bastante desajeitado com o serviço do vinho. De fato, neste momento eu já não esperava mais nada.
- Não entendo qual a dificuldade que estes arquitetos possuem para projetar um ambiente que otimize a redução do barulho. É impossível conversar tranquilamente lá. Ninguém consegue ter um jantar suspostamente romântico em meio a um barulho de feira ambulante.
- Resolvi pular a entrada e ir direto para o prato principal. Ravióli. O prato não demorou, mas a massa estava muito mole, se desmanchando. Preferi nem retornar o pedido e aguardar outro. Só pensava em ir embora dali.
Acredito que este recinto precisa de um gerenciamento mais eficiente. Todas as vezes em que estive lá (2 vezes), tive problemas.
Pomodoro Café
Rua Capitão Rebelinho, 418, Pina, 3326-6023 (150 lugares, mas deveria ser pra 50).
www.pomodorocafe.com.br